quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Aparência é tudo?

Este é Paul Ryan, o candidato a vice-presidente do Romney:


Se é bonito, não sei, as leitoras podem dizer, mas é bastante jovem, com pouco mais de 40 anos, e bem-apessoado. O próprio Mitt Romney tem uma boa figura, e, segundo alguns, Obama também é bonito, atlético e sexy.

Será que, hoje em dia, aparência é tudo?

Não sei ao certo, mas parece que o governador de New Jersey Chris Christie era um dos mais cotados para o cargo de vice, e provavelmente era até melhor preparado do que Ryan, mas dizem alguns que sua gordura foi um dos fatores decisivos para deixá-lo de lado.

O fato é que hoje em dia os políticos para cargos importantes como presidente tornam-se cada vez mais jovens e esbeltos. E não é um fenômeno apenas americano, não. Aliás, poderíamos dizer que quem começou com essa inovação foi o Brasil, com o Fernando Collor, presidente eleito na base da imagem. (Bem, nem tudo foi ruim, ele acabou com a Embrafilme e com a Lei da Informática e ao menos nos livrou de ter o Lula 12 anos antes.)

O novo presidente do México também faz parte dessa tendência, bem como alguns dos novos líderes europeus, exceção feita ao feioso Hollande.  

Acho que há dois fatores em jogo aí. Um é que antes os ricos eram gordos e os pobres, magros. Hoje, os gordos são pobres e os ricos são magros. Sim, amigos: obesidade é coisa de pobre! Quem tem dinheiro compra verduras orgânicas, paga academia, contrata personal trainer ou faz cirurgia e acupuntura, e quem é pobre come no McDonald's ou no bandejão de bufê livre. Então, os políticos, que fazem parte da elite, apenas acompanham essa tendência.

O outro fator é que a democracia está se tornando cada vez mais vulgar, acompanhando nisso o gosto decadente da maioria da população. Foi Churchil quem disse que a democracia era o pior sistema com exceção de todos os outros, mas começo a me perguntar se é isso mesmo. (Aliás, erá que hoje alguém como Churchill poderia ser eleito? Além de gordo e pouco atraente para os padrões atuais, fumava e vivia dizendo coisas politicamente incorretas. De qualquer modo, ele era primeiro-ministro, e não presidente eleito, então talvez não conte.) 

O fato é que democracia estimula a superficialidade, os truques de marketing, a escolha por imagens mais do que por qualquer qualidade substantiva do líder.

Há ainda muita mentira por parte de políticos interessados apenas em votos, bem como o pensamento a curto prazo: quem vai se preocupar com o que acontecerá em vinte anos, se o mandato dura apenas quatro? Tudo muda demais: se um candidato não convence, troca-se de candidato. E, quando o povo não vota no candidato do seu partido, mais fácil ainda: troca-se de povo.

Uma vez comecei a achar que um governo realmente de "direita" precisaria reintroduzir a monarquia, mas depois, vendo a decadência da monarquia britânica, com direito a príncipe defensor dos muçulmanos e rainha amante do multiculturalismo fazendo papel de palhaça em cerimônia de jogos olímpicos, cheguei à conclusão de que tampouco adianta... (Alguém já disse que as três maiores instituições mais supostamente conservadoras do mundo, ou ao menos as principais forças na luta contra o comunismo soviético, isto é, o governo americano, a Igreja Católica e a monarquia Britânica, estão hoje já totalmente contaminadas pelo esquerdismo.)

Bem, a verdade é que eu simpatizo com o Paul Ryan; libertário, conservador fiscal e católico anti-aborto, ao menos parece ter um pouco mais de convicções do que Mitt Romney, que às vezes parece ser um "flip-flop" que já defendeu a imigração ilimitada e o casamento gay e já criou no estado que governou uma lei para planos de saúde similar à de Obama. 

O que pode estar acontecendo é que, como hoje em dia há pouca diferença ideológica entre os candidatos de "direita" e "esquerda" na maioria dos países (quase todos são a favor da globalização, da imigração irrestrita, do gayzismo, do politicamente correto e do estatismo, apenas em níveis menores), resta mesmo apenas escolher o candidato pela sua aparência.  

De qualquer modo, acho que foi uma boa escolha de vice, e é certo que a dupla Romney-Ryan é uma escolha bem melhor do que Obama. (Por outro lado, até um jumento seria uma escolha melhor do que Obama...) 

9 comentários:

Chesterton disse...

gostei mesmo das orelhas dele....

Mr X disse...

São pra competir com as do Obama.

DIREITA disse...

os únicos partidos que atualmente possuem grande diferença ideológica são os ,ditos,extremistas . os assumidamente comunistas e partidos racialistas (INCLUINDO NAZISTAS) como o BNP e o PNR ´é que possuem soluções diferentes para problemas semelhantes.

Anônimo disse...

Quanto ao Collor ter nos livrado do Lula 12 anos antes, não concordo. Se naquela época ele tivesse sido eleito, o governo teria sido tão desastroso que ele não teria sido reeleito e teriamos nos livrado dessa esquerda de m. que hoje dita as regras.

Anônimo disse...

A cara é o espelho do cérebro, tem cara e é um idiota!

Anônimo disse...

Hoje estou com stormfrontite aguda:
-É judeu, é judeu, é judeu!

Mr X disse...

Hum? Imagino que seja uma brincadeira, mas por aqui nunca se sabe. Ryan e' naturalmente, irlandes, como a Ryanair e Ryan O' Neil.

Anônimo disse...

É brincadeira mesmo MR X, é que tem um pessoal na Web para quem qualquer caucasóide que não seja vizinho de cerca de sua roça no interior de Santa Catarina é judeu ou mestiço.São os ultra-mega-hiper-meta- supra arianos, aqueles cujo DNA desde o caldo primordial já veio imerso em OMO plus e,portanto, são os fiscais da pureza alheia no mundo branco. Ademais, abraço.

Rodrigo ROcha disse...

outro post excelente!!